-> Baixa na Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil – CMSB



Publicado emm: 27/01/2017 por Administrador nº

Por intermédio da Prancha nº 699, de 20.01.17, o Grão-Mestre da Grande Loja do Rio Grande do Sul, Sr. Paulo Roberto Pithan Flores (foto), comunica o desligamento daquela Obediência Maçônica do quadro de associadas da CMSB.
A Grande Loja gaúcha já vinha emitindo sinais de descontentamento e desinteresse pela agremiação, visto que não comparecera e nem enviara representante para últimas assembleias gerais realizadas nos anos de 2014, 2015 e 2016, por exemplo.

A ex-Confederada justifica, como motivação para o seu isolamento associativo, os altos custos dispendidos em comparação com o retorno proporcionado. Ou seja, a relação custo/benefício não justificaria o ônus financeiro da participação.

De outra parte, alega que a saída do colegiado maçônico não traz qualquer mudança para os 8.000 jurisdicionados daquele Estado, numa demonstração de que considera de pouca relevância a permanência, ou não, na Confederação.

As assembleias da CMSB ainda são consideradas os maiores eventos da Instituição na América Latina. Todavia, esta coluna já havia alertado para a ocorrência de declínios pontuais na eficiência e na eficácia dos temas abordados.

Vide trecho da matéria publicada na edição de 17.07.2015, no Portal 180 Graus, de Teresina.

O modelo e o formato das Assembleias da instituição começam a apresentar sinais de fadiga e perda de objetividade, apesar de ainda contarem com um significativo poder de mobilização. Em Belo Horizonte (2014), por exemplo, comparecerem mais de 3.000 congressistas.
Seria interessante que todo o cerimonial fosse reavaliado e modernizado, tornando-o mais dinâmico. Os critérios de seleção dos temas a serem abordado merecem, igualmente, uma revisão, de modo a torná-los mais atraentes e objetivos, especialmente neste momento em que a maçonaria precisa ser revitalizada. A produção dos últimos encontros tem se mostrado aquém do esperado.

Em que pesem todas essa circunstâncias, a retirada do Rio Grande representa uma grande baixa para o cenário maçônico como um todo, com reflexos negativos para o simbolismo da integração nacional, um dos pressupostos institucionais da Organização.

Espera-se que seja uma decisão isolada e que o fato não venha a contaminar as demais Confederadas, hoje em número de 26, até porque unidos seremos mais fortes.


Fonte: 180°