O GRAU DE COMPANHEIRO


Autor/Postado por: José Castellani
Publicado em: 15/08/2022



Excerto do livro *Liturgia e Ritualística do Grau de Companheiro Maçom (em todos os Ritos)* - Irm.’.José Castellani
História e doutrinariamente, o Grau de Companheiro é o mais importante da Maçonaria, sem qualquer sombra de dúvidas, pois ele sempre representou o fim da escalada iniciática e profissional, nas confrarias de artesãos, que floresceram, principalmente, na Idade Média e que ficaram sendo conhecidas como Maçonaria de Ofício, ou Operativa.
Na realidade, tanto na Maçonaria de Ofício, como nos primórdios da Maçonaria dos Aceitos (dita Especulativa), quando as Oficinas operativas passaram a aceitar elementos não ligados à arte de construir, só existiam os Aprendizes e os Companheiros, sendo que estes representavam o ápice da iniciação profissional. Entre os Companheiros, era escolhido, geralmente, o mais experiente, ou com maior capacidade de liderança, para ser o Mestre da construção e dirigir os trabalhos. O Grau de Mestre só seria introduzido em 1738, mais de vinte anos após a implantação do sistema obediencial (com a fundação da Grande Loja de Londres em 1717).
Historicamente, ele é, portanto, o mais legítimo grau maçônico, por mostrar o obreiro já totalmente formado, profissionalmente.. Não se justifica, assim, a pouca relevância que se dá a esse grau, na atualidade, com maçons considerando-o um simples grau intermediário, ou um trampolim para o mestrado, pois não pode ser considerado um maçom completo, aquele que não conhecer, profundamente, o grau de Companheiro.
Esse conhecimento, todavia, é praticamente inexistente, pois a maioria das Lojas (salvo raras e honrosas exceções, em algumas Obediências) não realiza, regularmente, sessões Econômicas e de Instrução do 2º grau, limitando-se às pouquíssimas sessões de elevação de Aprendizes ao grau de Companheiro, feitas, geralmente, a “toque de caixa” e sem permitir que os maçons colados no grau 2 tomem conhecimento mais profundo da ritualística, da liturgia, da história e das implicações alquímicas e cabalísticas inerentes ao seu grau. Para sanar essas falhas, todas as Obediências deveriam exigir que as Lojas a elas jurisdicionadas promovessem, mensalmente, uma sessão do grau de Companheiro (e também uma do grau de Mestre, que, igualmente, não costuma ter sessões periódicas).
Mostrar a importância fundamental do grau de Companheiro Maçom, dedicado à exaltação do Trabalho, em todas as suas formas, e contribuir, um pouco, para que seja melhor conhecida a sua verdaeira ritualística e a influência das associações medievais no seu ritualismo especulativo, em todos os principais ritos, é a finalidade desta obra de pesquisa.


Ir.’. Almir




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