Autor/Postado por: Irmão Sérgio Quirino Publicado em: 05/01/2023 NINGUÉM PODE SERVIR A DOIS SENHORESSérgio Quirino - é o atual Grão-Mestre-GLMMG 2021/2024, notável intelectual maçônicoA sentença “Ninguém pode servir a dois Senhores” é parte de um preceito religioso ou regra de costumes, às vezes usado pelos críticos da Maçonaria, quando a tratam como uma religião. Tratam-se de críticas desinformadas ou mal informadas. A desinformação ocorre quando se sustenta dogmas que impedem o pretenso crítico de ser um livre pensador. Por outro lado, há a má informação. Muitos equívocos divulgados, até por Maçons, podem sustentar falsas críticas: Não existe “Casamento Maçônico”. O que há é uma cerimônia de Reconhecimento Conjugal. Não temos, na Maçonaria, nem sessão preta nem “Sessão Branca”. Existem Sessões Públicas. E o Grande Arquiteto do Universo não é nosso Deus. É um Princípio (início, razão, regra, fundamento) Criador. Portanto, não é o Senhor dos Maçons. A Maçonaria não é uma religião, não presta culto a nenhuma divindade, não difunde entre seus membros regras que garantirão o paraíso e muito menos obriga a todos seguirem uma mesma liturgia religiosa. Mas a crença em um Ser Superior, tenha o nome que tiver, é obrigatória. Pois, até mesmo o homem mais primitivo reconhece sua pequenez diante da complexidade da natureza e sente, em tudo que lhe rodeia, uma força que não consegue explicar e que lhe causa profundo respeito. Para nós, o título de “SENHOR” não nos representa o respeito pela dignidade de alguém. Mas sim ao nosso comportamento diante de situações e escolhas que fazemos na vida. A simbologia está claramente expressa no Pavimento Mosaico: Podemos caminhar sobre várias alternativas, mas, ao pararmos, estaremos onde escolhemos estar. Caminhamos por estradas tortuosas com entradas para as virtudes e vícios, verdades e mentiras, honra e lubricidade. A cada trevo há o desvio, sempre voluntário e individual. O resultado pode ser o ponto final, onde nos relacionamos com o ambiente. Esta sim será a relação de senhorio. Assim como nos feudos medievais, as leis eram criadas por um Senhor. Se ele for um bom Senhor, haverá virtudes, verdades e honra em sua vida. Mas, se houver vícios, mentiras e libidinagem, estará sob o jugo da escravidão. SOMOS NÓS QUE DIRECIONAMOS NOSSA VIDA. EM ESSÊNCIA, NOS TORNAMOS NOSSOS PRÓPRIOS SENHORES, PELA CARTA DE ALFORRIA QUE NOS FOI DADA PELO SENHOR DEUS, QUALQUER QUE SEJA A SUA DENOMINAÇÃO. *ESTA CARTA DE ALFORRIA CHAMA-SE LIVRE ARBÍTRIO*. NASCEMOS LIVRES E DE BONS COSTUMES. MAS, DURANTE NOSSO CRESCIMENTO SERÃO NOSSAS ESCOLHAS QUE NOS MANTERÃO OU NÃO NESTA CONDIÇÃO. Em uma livre adaptação maçônica da Lei, poderemos dizer: Ninguém pode servir a dois senhores, porque não há de honrar um e enganar o outro, ou mentir para um e dizer a verdade ao outro. Não se pode com a boca falar o que fazer e com as ações contradizer sua própria fala. O Verdadeiro Maçom não se acovarda perante o desafio da sinceridade e da Transparência de seus atos para subjugar suas ações ao agrado de grupos oportunistas. O Verdadeiro maçom é LEAL com sua consciência, o seu próprio *SENHOR*. Não podeis servir à Virtude e ao Vício... A História se escreve pela Virtude da Humildade e não pelo Vício das VAIDADES... |